sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Cof Damu - A Bahia além do Axé!


E a vaca tossiu! Seis amigos que se juntam, em Salvador, para fazer um som que passa longe do Axé, tinha tudo para dar errado. Mas a irreverência e o talento de Véu Pater (vocais, violão e flauta), Cláudio Lima (bateria), Eduardo Karranka (guitarra), Pedro Fulgêncio (teclados), Fábio Abu (percussão) e Dudare Wriwrai (baixo) conquistou o público baiano e vem ganhando espaço em solo carioca.

Com o cd “Cof Damu” recentemente lançado pelo selo Som Livre Apresenta, a banda, que se mudou para o Rio de Janeiro, foi descoberta pela Internet. E o que eles achavam ser um trote, foi a realização do projeto que muitos artistas buscam, o apoio para o lançamento de seu trabalho.

Com a agenda de shows cada vez mais movimentada, a Cof se apresenta na Nuth no dia 16 de setembro, no projeto Oi Novo Som.

Conversei com a banda sobre sua trajetória e novos projetos. Divirta-se!

Carol: A música sempre esteve presente na vida de vocês? Como foi que a banda começou?

[CLÁUDIO] A música sempre fez parte das nossas vidas, nos encontramos por causa dela. Eu já tocava com Verônica numa outra banda. Quando o grupo acabou, ela e Pedro pensaram em montar um novo projeto. Pedro convidou Dudare (que tocava junto com ele na Vinil 69) e, durante a gravação do cd, chamou Abu (que estudava com ele). Pessoas saíram, pessoas entraram, até termos a formação de hoje, com Karranka na guitarra.

Carol: O nome “Cof Damu” vem da expressão “nem que a vaca tussa”. Como surgiu a idéia para esse nome?

[DUDARE] “Há controvérsias” (risos). As pessoas que acompanham nosso trabalho e a imprensa já deram tantas versões para a origem do nome da banda que a gente até já esqueceu da história original. Brincadeira... A gente queria algo diferente pro nome e como estávamos fazendo um som que não tinha nada a ver com o axé, pensamos: “nem que a vaca tussa esse som vai dar certo aqui”. Aí brincamos com as palavras e deu nisso – rs. Resumindo: Cof (tosse) Damu (da vaca).

Carol: Qual a importância da Internet na divulgação do trabalho de vocês?

[PEDRO] A Internet tem um papel fundamental na divulgação do nosso trabalho. Se não fosse por ela, talvez não estivéssemos respondendo esta entrevista agora. Temos uma ferramenta riquíssima ao alcance dos dedos e procuramos explorar o potencial que ela tem para oferecer. Estamos falando de uma mídia praticamente gratuita, onde todos podem disponibilizar seu trabalho. A Internet é de suma importância, não apenas pra gente, mas para o processo de democratização da cultura, de modo geral.

Carol: Como é, para vocês, terem o cd lançado pelo selo Som Livre Apresenta? Como surgiu o convite para gravar esse cd?

[FÁBIO ABU] Disponibilizamos nossas músicas no site Palco mp3, o pessoal do selo encontrou nossa página e entrou em contato conosco. Até achamos que era trote (risos). Pouco tempo depois formalizamos o contrato e lançamos nosso disco, que já estava gravado e foi remixado e remasterizado nos estúdios da gravadora. O Som Livre Apresenta desenvolve um trabalho muito bacana, de parceria com as bandas do seu casting. Às vezes as pessoas confundem, acham que matriz injeta rios de dinheiro nos artistas do selo, mas não é verdade. Contamos com um apoio do selo, mas não deixamos de ser independentes. Fazemos tudo entre nós mesmos; da divulgação do nosso trabalho até as negociações de shows.

Carol: A Bahia é vista como um lugar que só lança artistas de Axé. Como é para vocês, uma banda baiana, fugir desse estereótipo? Quais são os desafios para se conseguir um espaço em um lugar tradicionalmente ligado ao Axé?

[KARRANKA] Fugir do estereótipo não é difícil, complicado mesmo é sobreviver com o diferente (risos). Não há mercado em Salvador para o tipo de música que fazemos. A indústria da música na Bahia prefere investir numa receita onde não fazemos parte dos ingredientes (risos). Mas existem exceções e iniciativas louváveis também, assim como existe um público que alimenta essas ações.

Carol: A Cof Damu já foi comparada com os Novos Baianos, grupo que fez grande sucesso na década de 70. Como vocês encaram essa comparação? Existe alguma influência dos Novos Baianos na música que vocês fazem?

[VÉU] A comparação chega a ser uma honra pra gente. Todos nós, sem exceção, admiramos o trabalho dos Novos Baianos. Mas não conseguimos identificar grandes semelhanças com a sonoridade das nossas músicas. Parecido mesmo, está sendo o trajeto: somos 6 baianos morando juntos no Rio de Janeiro, acabamos de lançar nosso disco por um selo da Somlivre, vivemos num esquema meio “comunidade” (risos). Acreditamos que a comparação está mais ligada ao conceito, do que à forma.

Carol: Todas as músicas presentes no cd de estréia da banda são da vocalista Véu Paternostro. Véu, como é o seu processo de composição? Que temas você costuma abordar nas suas músicas?

[VÉU] É bem natural. As idéias fluem na cabeça e eu só faço executar. As letras são variadas, mas nesse cd, em particular, as relações humanas foi a principal temática. As faixas falam de um simples relacionamento afetivo (como Grãos), até a preocupação com o trabalho escravo (como Caprichos).

Carol: Falem sobre a experiência de estarem morando no Rio de Janeiro. Como vocês estão sentindo a recepção do público carioca? O que vocês já incorporaram da música carioca?

[FABIO] A experiência está sendo, no mínimo, diferente. Pelo menos no começo, foi. Eram 7 pessoas morando em um apartamento de 2 quartos. com seus instrumentos e pertences pessoais. Então, foi massa!!! Mas o importante de estar morando no Rio é estar conectado e se conectando; e também estar sendo conectado, com o que está acontecendo com o resto do país e do mundo. Morando em Salvador você fica um pouco cercado pelo mercado cultural local, o que faz com que você não expanda seus horizontes.

Explicando, a cultura e a arte são o motriz das revoluções/mudanças sociais. A música do momento é o reflexo do que está acontecendo no mundo, não apenas nas letras mas principalmente no conceito sonoro da música, na emoção. As turnês nacionais maiores, e principalmente as internacionais, não passam nem perto de Salvador. Sendo assim, fica-se sabendo do que está acontecendo, mas, falando de uma forma mais profunda, a sensação de estar participando do acontecimento é quase nula. É como um expectador que apenas observa, quer fazer parte e não consegue (a Internet pavimentou um pouco esta estrada, mas um pouco; ter visto a queda do muro de Berlim pela TV, por exemplo, foi bem diferente do que ter estado lá com seu martelinho na mão).

Então, respondendo a pergunta, morar no Rio é exatamente o inverso do escrito acima. É estar presente.

Carol: Quais são os planos da banda, agora que estão morando no Rio? O que podemos esperar da Cof Damu daqui para frente?

[PEDRO] Queremos continuar trabalhando muito, divulgando nosso trabalho e tocando pra um número cada vez maior de pessoas. Achamos que se fazemos uma coisa com o coração, e colocamos nossa alma nisso, as chances de dar errado diminuem (risos). Daqui pra frente, queremos nos cercar de muita energia positiva e de pessoas que queiram crescer junto com a gente. A cada pessoa nova que vem falar conosco depois dos shows, sentimos que a banda ganha um novo integrante. O feedback e o apoio do público são muito importantes pra gente.


JOGO RÁPIDO:

Livro: [Véu] O Tao da Física - Fritjof Capra [Abu] Tuareg - Alberto Vazquez-Figueroa [Dudare] Histórias de Amor – Rubem Fonseca [Cláudio] História da Riqueza do Homem - Leo Huberman [Karranka] Armas, Germes e Aço. Os destinos das Sociedades

CD:
[Véu] Le Fil - Camille Dalmais [Abu] Baiano de Os Novos Caetanos [Dudare] Let There Be Rock – AC/DC [Cláudio] Crash – Dave Matthews Band [Karranka] Acabou Chorare - Novos Baianos

Música:
[Véu] Sweet Lullaby – Deep Forest [Abu] Ocean Size - Jane's Addiction [Dudare] Ten Years Gone – Led Zeppelin [Cláudio] Nineteen Days – Gavin Harrison [Karranka] Eleanor Rigby

Compositor: [Véu] Nitin Sawhney [Abu] Luiz Gonzaga [Dudare] Raul Seixas (transformou todos os livros em músicas) [Cláudio] Chico Buarque [Karranka] Raul Seixas

Instrumento:
[Véu] Piano [Abu] Percussão [Dudare] Baixo (McCartney tocando de preferência) [Cláudio] Bateria [Karranka] Guitarra

Cantora: [Véu] Tori Amos [Abu] Bjork [Dudare] Rita Lee (zelo mais pela alma e composições, e isso ela tem de sobra) [Cláudio] Sara Tavares [Karranka] Elis Regina

Cantor:
[Véu] Thom Yorke [Abu] Chris Cornel [Dudare] Ray Charles [Cláudio] Youssou N’dour [Karranka] Robert Plant

Cidade:
[Véu] Masdar City [Abu] Lauro de Freitas [Dudare] Todas que não conheci [Cláudio] Salvador [Karranka] Barcelona

Cor:
[Véu] Tons terra [Abu] Azul [Dudare] Verde [Cláudio] Verde [Karranka] Azul

Time:
[Véu] o que está perdendo [Abu] Brasil [Dudare] E.C. Bahia [Cláudio] E.C. Bahia [Karranka] C.R. Flamengo

Atleta:
[Véu] Abu rsrs [Abu] Bob Burnquist [Dudare] Mailson [Cláudio] Usain Bolt [Karranka] Michael Phelps

Filme:
[Véu] Terráqueos [Abu] The Goonies [Dudare] Monty Python: Em Busca do Cálice Sagrado [Cláudio] Os Deuses Devem Estar Loucos [Karranka] Os Suspeitos

Ator:
[Véu] Rowan Atkinson (ficar sério numa montanha-russa não é pra qualquer um rsrs) [Abu] Matheus Nachtergaele [Dudare] Sean Penn [Cláudio] Gcao Coma [Karranka] Morgan Freeman

Atriz: [Véu] Linda Blair (virar a cabeça 180º não é pra qualquer uma rsrs) [Abu] Fernanda Montenegro [Dudare] Fernanda Montenegro [Cláudio] Audrey Tautou [Karranka] Sônia Braga

Escola de samba:
[Véu] Nenhuma [Abu] Nenhuma [Dudare] tenho simpatia pelas cores da Mangueira [Cláudio] Todas [Karranka] Salgueiro

Sonho:
[Véu] O da padaria da esquina (de creme) [Abu] Mundo [Dudare] o mundo da imaginação :P [Cláudio] sonho [Karranka] Progresso

Viagem: [Véu] Chapada dos Veadeiros [Abu] Oriente Médio [Dudare] Amsterdam [Cláudio] Europa [Karranka] Egito

Palavras ao Zanzei: Foi um prazer imenso responder esta entrevista. Agradecemos muitíssimo pelo bate-papo e esperamos que os leitores tenham curtido também. Muita música no coração de todos e positividades, sempre!

Cof, muito obrigada pelo papo! Parabéns por acreditarem no trabalho que vocês fazem, e por passarem, a quem conhece o som, uma verdade tão boa de sentir! Desejo a vocês muito sucesso aqui no Rio, e que o som da Cof se espalhe cada vez mais!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Entre as flores da Lapa - Roberta Espinosa


O grupo Matriz lançou um guia mensal de programação, e o primeiro, veio com ela na capa. Não é para menos, o destaque e os elogios são mais do que merecidos. Roberta Espinosa, tem uma voz linda e uma presença de palco que deixa no chinelo muito CD de platina por aí.

Depois de ter aberto o projeto "Vozes da Lapa", no Teatro Odisséia, já fez seu show solo, no Bar da Ladeira - continuação do projeto - E está com vários shows marcados. Pelo menos em algum, você consegue ir, mas o recomendado mesmo, é que vá em todos. Não tem erro. É diversão na certa.

Produzindo seu primeiro CD, essa menina moça de apenas 21 anos, já tem fãs fiéis, com direito a comunidade no Orkut. Não podia ser diferente, a princesinha do samba (como é chamada na comunidade dedicada a ela), é uma simpatia e as apresentações dela são uma delícia. Samba. Muito, e de todos os tipos: pra ouvir, pra dançar, dos clássicos aos mais "moderninhos" , se der sorte, escuta uma das composições dela e pode terminar a noite dançando um forrózinho. Só há um risco: a música parar e você querer mais!

Raquel: Como e quando começou seu contato com o mundo artístico? Li que você já fez tablado, como foi essa experiência? Você ainda atua?

Roberta: O meu contato com o mundo artístico começou quando eu era bem pequenininha (menor ainda), rs. A minha mãe não se profissionalizou como cantora mas, dentre as muitas lembranças que tenho, tem uma muito forte que é a da minha mãe cantando em frente ao som e me perguntando: "minha filha ficou boa essa música?" O meu avô, pai da minha mãe conheceu a minha avó no teatro e o filho deles, meu tio, fazia tablado. Ele passava o dia inteiro me filmando. Tem uma gravação em que eu interpreto a Ruth e a Raquel da novela "Mulheres de areia." Eu queria ser atriz, o lance de ser cantora só surgia quando eu via a Patrícia Marx cantar. Meu pai, é um artista nato. Só quem conhece sabe! Quando eu completei uns 13 anos entrei pro Tablado, mas logo descobri os musicais e o prazer de cantar superou e muito o lance de atuar. Mas de verdade, o que eu gosto mesmo é de cantar! Amo, amo, amo cantar e passar uma boa energia pras pessoas.

Raquel: Há quanto tempo você se apresenta? Além do Bar da Ladeira, onde você já se apresentou?

Roberta: Eu me apresento desde que eu tenho uns 17 anos. Comecei numa banda de anos 80 chamada Zelda Scotti. Isso é muito louco pq eu fazia um musical e um ator chamado Milton virou pra mim e disse: " Quem falou que você é atriz se enganou e muito! Você é cantora garota. Eu vou montar uma banda pra você. Quando estiver pronta eu te ligo!" Eu acabei saindo do musical e um dia voltando de viagem, o telefone toca e era ele dizendo que estava tudo pronto. Foi a primeira banda que eu comandei. Foi quando eu tive a certeza de que realmente eu não tinha nascido pra outra coisa. A banda acabou porque o Milton faleceu num acidente de moto e ninguém mais conseguia ensaiar. Eu fiquei um tempão arrasada. Aí eu fui numa boate e conheci o Rick De La Torre (baterista) e o Toninho Van Han (tecladista). Eles me apresentaram o Otavio Santos(compositor maravilhoso) e nós começamos uma banda chamada Bela Perdida. é um pop moderno, logo vai estar no myspace.
Na Lapa eu comecei a cantar há dois anos. Foi louco porque eu passei na frente de um barzinho e falei:"vocês querem uma roda de samba???". Eu só sabia cinco sambas de cor. Chamei a Adriana Hadassah pra me fazer companhia, ela é prima da minha tia e canta na Lapa. Ótima cantora, aprendi muito com ela. Nesse meio tempo eu canjeava com o Toque de Arte. Bebi muito da fonte deles. Da fonte maravilhosa diga-se de passagem. Foi o meu pai quem me levou. O meu pai não queria que eu fosse artista mas ele era amigo dos integrantes do grupo. Aí eles me ouviram e disseram: " Carlinhos você ta perdido!!!" (risos)
Eu já cantei no Rio Scenarium, estarei fazendo a minha quarta temporada agora em setembro. Teatro Odisséia, Café Cultural Sacrilégio, Cinematheque, Vinícius Bar, Bar da Ladeira, Espaço GNT...


Raquel: Você exerce alguma outra profissão ou se dedica apenas ao campo artístico?

Roberta: Eu fazia Pedagogia na UNIRIO mas eu tranquei. Passei pra letras em 2005 na UERJ e só descobri no mês retrasado. Quase que eu morri do coração. Eu amo letras teria feito com certeza! Pq eles não mandam uma carta dizendo que a gente passou? Atualmente estou na música e dela não quero sair. Vou prestar a prova esse ano pra UNIRIO de novo rs ( ai esse vestibular que me persegue) pra música.

Raquel: Na sua opinião, o cenário carioca está aberto para novos talentos? Como se percebe a facilidade ou dificuldade de se inserir como novo nome nesse meio?

Roberta: Eu acho que o cenário carioca está aberto sim. E o cenário brasileiro nem se fala, é imenso, tem espaço pra todo mundo. Eu não posso responder por todos mas a maior dificuldade que eu estava enfrentando era estar sem o CD. Agora ele já saiu do papel mas ainda falta muito pra ficar pronto. É trabalho árduo mas tem que ser feito. O meu site entra no ar agora no final de agosto. Agora, o difícil é se divulgar. A Rede Matriz faz um trabalho muito bacana nesse sentido. Eles divulgam com esmero os artistas que fazem os shows em suas casas. Lançaram uma revista chamada Nox. Eu, Simone Lial, Patricia Oliveira e Karla da Silva fomos a capa da edição de agosto. A mídia é que está muito fechada pra música de uma forma geral. Não existem mais programas que apresentem os novos grupos. Cara, a música toca direto na rádio e pra aparecer na tv demora séculos. Tudo bem que a televisão não é a única forma de divulgação mas todo mundo sabe que o brasileiro vê muita televisão e a grande massa não tem tv a cabo. Tem o programa do Raul Gil e tem o Som Brasil que é maravilhoso mas eu nunca assisto porque é muito tarde. Garanto que muita gente também não consegue ver. Porque não passa um programa assim no sábado, domingo a tarde? O brasileiro é muito musical. A gente não pode perder isso.

Raquel: O que você não abre mão de ouvir?

Roberta: MPB.

Raquel:Quais artistas são suas principais influências?

Roberta: Elis Regina, Tim Maia.

Raquel: Repertório, como você monta? Dá preferência a quais artistas?

Roberta: Na verdade, eu dou preferência às músicas. O cantor sempre será voz e canção. Se ele tem a canção que toca o coração das pessoas ele tem o ouro na mão. Eu procuro canções que me agradem e que eu sinto que agradam o público também.

Raquel:No show que eu assisti, você cantou também vários forrós? Qual a importância você dá a não se prender a um único estilo musical?

Roberta: Eu acho importante por causa dessa coisa da canção. Pra mim não existe um samba bonito, um forró bonito ou um sertanejo bonito, as músicas são bonitas. Os caras se inspiram e compõem umas coisas inacreditáveis. Junto com elas vem o ritmo. Mas cantando na noite eu dividido em blocos pra galera ter o momento de sambar, o momento de paquerar, o momento de forrozear...ou pode ser misturado, vale tudo!

Raquel:Percebi também a presença de composições suas. Existe alguma forma de acesso as suas músicas? Existem planos para o lançamento de algum CD? Agora, quais são seus principais planos, na música?

Roberta: Pois é! Eu já canto comumente uma música minha chamada “Descaminhos” e o pessoal está decorando (isso é demais) e já pede no show! Poxa, eu fico muuuuuito feliz. Eu não toco instrumento e assim como muitos compositores eu componho de cabeça. Quando eu canto pros meus pai eles sempre fazem uma cara esquisita! Depois que a harmonia é colocada eles falam " essa música não foi aquela que você cantou"!!!(risos)
Já entrei em estúdio pra gravação do cd e eu devo assinar 7 das 10 composições dentre parcerias também. Vai ter samba, soul, axé!!!! Procurei fazer um CD pra dançar. Também terá uma ciranda que eu acho que será a única música lenta do disco.
Planos? Eu tenho vários...mas dá pra fazer plano no nosso país??? (risos) O meu plano é continuar tendo fé em Deus pq com Ele tudo dará certo.


Raquel:Você já fez alguma parceria? Com quem?

Roberta: Marcio Lokal, Otávio Santos, Diana Nascimento, Thiago Mocotó...

Raquel: E a parceria dos sonhos? Com quem seria? O que vocês cantariam?

Roberta: A parceria dos meus sonhos já aconteceu!!!! É a parceria com uma pessoa que eu apelidei carinhosamente de "presentinho". É com a minha irmã de dez anos. A letra é dela e a música " Aonde está meu Rio" vai estar no cd. ( Licença poética para o aonde, rs). A minha irmã Luisa foi o melhor presente que eu já recebi.

Raquel: Se pudesse resumir, o que sente, quando está no palco, como o faria?

Roberta:" Sai do chão"!!!

Jogo Rápido:

Livro:
" A menina que roubava livros"
CD:Los Hermanos 4
Compositor: Chico Buarque, Gilberto Gil e Marcelo Camelo.
Instrumento: Piano, bateria, percussão
Cantora: Elis Regina
Cantor: Tim Maia
Cidade: Trancoso
Time: Fluminense
Cor: Vermelho
Atleta: Daiane dos Santos
Filme: Closer e o Segredo de Brookeback Mountain
Ator: Tony Ramos
Atriz: Marieta Severo
Escola de Samba: Gosto de todas.
Sonho: Um sorvete imenso.
Viagem: Bahia

Palavras ao Zanzei:

Zanzei muito obrigada pela oportunidade desse papo gostoso! E obrigada por me dar também a oportunidade de mostrar um pouquinho como eu sou e dar essa força na minha carreira!
Beijocas
Ps: " Alô mamãe!"...e papai!


Quer conferir, vai sem medo. Aprovadíssima pelo Zanzei:

09 a 13/09 - Rio Scenarium
20 /09 - Bar da Ladeira – Esse será especial, comemoração do aniversário da Roberta.
3, 17 e 31 – Teatro Odisséia (Vozes da Lapa)