terça-feira, 5 de agosto de 2008

Raquel Koehler - As várias faces de uma artista!


Ela é todas em uma só. É atriz, cantora, engraçada, séria, ‘over’. É Black Music e é Rock’n’roll. Ela é Raquel Koehler. Depois de lançar, em 2007, “Pilhagem”, seu CD de estréia, Raquel vem com um novo show, mostrando as contradições da vida, com músicas que falam de conflitos, de fé, de mudança, de alegria. Com arranjos ousados para clássicos como “Preciso me encontrar”, de Cartola, ela pretende surpreender.

Além do seu novo show, Raquel volta em cartaz com o musical “Calabar”, de Chico Buarque, em que interpreta Anna de Amsterdã. A peça estará em cartaz nos dias 22 e 23 de agosto, no Teatro Municipal de Niterói.

E no dia 18 de agosto, tem o Pocket Pilhagem na FNAC Barra Shopping.

Aceite o convite e atreva-se a conferir o papo com essa artista que é puro movimento:

Carol: Depois de uma temporada de sucesso em Niterói, “Calabar” está de volta. O que essa experiência no teatro ajuda na sua carreira de cantora?

Muito. Costumo dizer que uma vez no teatro, para sempre nele. O olhar muda, e nada é porque é. (risos) A piração mais louca passa a ter uma justificativa, nem que seja a minha, só minha (risos).

Arte nada mais é que modificação, transformação, mesmo que isso aconteça da forma mais descompromissada possível (acho que com a musica é um pouco assim). E depois do teatro, é impossível não se comprometer. Existe um compromisso em modificar, sim.

Então, aliar essas duas formas de arte, sem dúvida, é maravilhoso. Voltar a regar a semente do teatro está sendo mágico, principalmente neste momento.

Carol: O seu novo show está com um aspecto teatral. A idéia veio depois da sua participação em “Calabar”?

Na verdade, já era um grande desejo, mas, sem dúvida, estar em “Calabar” me deu muito mais segurança.

Carol: Qual o conceito do show “Pilhagem – Contradições”? O que você espera passar para o público?

É falar de mim, de uma pessoa que é várias pessoas, e que acredita que o mundo é feito de pessoas que possuem várias outras dentro de si (risos).

Esse show fala de crises, do mundo, da vida, de personalidade, dos problemas de uma maneira geral, mas vestidos de formas diferentes. Falo da fé, que acredito muito ser a única forma de modificação, falo de trocar a roupa, de encarar a vida, com todos os problemas, de uma forma mais leve e alegre.

Enfim, a Raquel mais centrada que existe dentro de mim, acha isso (risos). A outra quer anarquia, catarse, inquietude ou até mesmo um incômodo, o entalar da garganta (risos).

Carol: Como foi a escolha de repertório? O que vai ter de novidade em relação ao antigo show?

Foi pensando nisso tudo. Entram músicas novas sim, como ”Socorro” de Arnaldo Antunes, “Preciso me encontrar” de Cartola, “Tiro Onda” de Jair Oliveira, entre outras.

Carol: O show “Pilhagem” era embalado pela Black Music. O que te levou a inserir o Rock'n'roll nesse novo show?

Acho que tem a ver com aquele papo de várias pessoas dentro de uma. Não gosto dos rótulos e da necessidade de rotular. Acredito estar numa eterna mutação, evolução (ou não! risos) e amadurecimento, sempre tive necessidade disso.

Durante muito tempo, ganhei meu público com boas risadas, aliadas ao swing. Quis mostrar esse meu outro lado agora, tenso, consistente, e até mesmo pesado.

Por esses dias, conversando com uma amiga, falei que estava com medo de o show ficar meio “over”. Ela perguntou: “Medo? Over?”. Medo realmente não costuma ser uma característica minha. E sobre o “over”, tive que ouvir na lata: “Você é ‘over’! Medo de parecer o que é?” (risos).

Carol: Como você sentiu a recepção do público nas estréias no Rio e em Niterói?

Fiquei muito feliz, muito mesmo! Tinha dúvidas, me afastei do palco por quase um ano para encarar todas essas transformações. Tinha dúvidas sobre a aprovação e sobre o público. Mas não, eles estavam lá, lotando os dois Teatros, e o melhor, aprovando tudo.

Carol: Você já tem previsão de levar esse novo show para fora do Rio?

É um grande desejo meu e estamos trabalhando muito para isso. Muito em breve estaremos por São Paulo, e lá é só o começo! O mundo que me aguarde! (risos).

Jogo rápido:

Livro: "O Mistério de Feiurinha" (marcou minha infância! risos)
CD: Muitos
Música: Brasileira
Compositor: Chico Buarque, Lenine, Moska
Instrumento: Coração
Cantora: Elis Regina e Cássia Eller
Cantor: Freddie Mercury
Cidade: Niterói
Cor: Todas (mentira! risos. não gosto de marrom)
Time: O que ganhar (risos)
Atleta: Todos os que lutam para viver do que amam
Filme: "À Espera de um Milagre"
Ator: Marco Nanini e Marcos Caruso
Atriz: Marília Pêra
Escola de samba: Lapa, Rio de Janeiro, Cartola, Noel Rosa...
Sonho: Ir no Jô! (risos)
Viagem: As que ainda não fiz
Palavras ao Zanzei:
"Prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"

Raquel, muito obrigada pelo seu carinho e atenção. E que muito mais pessoas possam ser contagiadas pela sua energia e alto astral! Sucesso sempre!